Col. Est. Deputado Manoel Mendonça
Prof.:
Cássio Vladimir de Araújo
Série: 3º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia - 2017
Climas do Brasil
· Influência das massas de ar
Por possuir 92% do território na Zona
intertropical do planeta, grande extensão no sentido norte-sul e litoral com
forte influência das massas de ar oceânicas, o Brasil apresenta predominância
de climas quentes e úmidos. Em apenas 8% do território, ao sul do trópico de
Capricórnio, ocorre o clima subtropical, que apresenta maior variação térmica e
estações do ano mais bem definidas.
De acordo com estudos, cinco massas de ar
atual no território brasileiro: - mEa (Massa equatorial Atlântica): quente e
úmida; - mEc (Massa Equatorial Continental): quente e úmida (apesar de continental,
é úmida por se originar na Amazônia); - mTa (Massa Tropical Atlântica): quente
e úmida; - mTc (Massa Tropical Continental): quente e seca; - mPa (Massa Polar
Atlântica): fria e úmida.
Quanto à ação das massas de ar é possível
verificar que:
Em grande parte da Amazônia, como em
Belém, o clima é quente e úmido o ano inteiro porque lá atuam somente massas
quentes e úmidas (mEc e mEa). O índice de chuvas apresenta grande variação
entre os meses do ano, mas a umidade relativa do ar permanece elevada mesmo nos
períodos em que chove menos.
No clima subtropical ocorrem verões
quentes e invernos frios para o padrão brasileiro, com chuvas bem distribuídas,
porque as massas de ar que lá atuam são quentes no verão (mTa), frias no
inverno (mPa) e ambas são úmidas. É o que ocorre em Porto Alegre.
Quando a mTa e mPa se encontram, forma-se
uma frente fria e há ocorrência de chuvas.
· Clima equatorial – floresta amazônica
No Brasil, o clima equatorial – quente,
úmido e de baixa amplitude térmica – é típico da região amazônica, na qual se
desenvolve a floresta Amazônica – a maior zona intertropical do globo e a que
apresenta maior biodiversidade. As formações florestais da Amazônia apresentam
árvores de médio e grande porte, com ocorrência de cipós, bromélias e
orquídeas.
· Clima tropical úmido ou litorâneo - mata Atlântica e mangues
O clima tropical úmido acompanha uma
estreita faixa de terra localizada junto à costa atlântica, estendendo-se
aproximadamente de São Paulo ao Rio Grande do Norte. Caracteriza-se pela
ocorrência de temperaturas elevadas durante o ano inteiro, em particular na
região Nordeste. No litoral do Sudeste, as temperaturas podem cair no inverno
com a chegada de frentes frias (massa Polar atlântica).
No clima tropical litorâneo, as chuvas na
costa oriental nordestina são mais intensas no outono e no inverno. No Sudeste,
elas são mais frequentes e abundantes no verão. Duas formações vegetais são
representativas dessa região climática: a mata Atlântica e os manguezais.
· Clima tropical – cerrado e complexo do pantanal
O clima tropical é típico da região
Centro-Oeste, mas abrange também trechos do Nordeste e do Sudeste brasileiro. É
um clima quente, marcado por duas estações bem distintas: verão úmido e inverno
seco.
O cerrado é uma formação de arbustos
(vegetação arbustiva) e campos que também apresenta algumas espécies de
árvores.
O pantanal é uma região plana e de baixa
altitude, que passa a apresentar amplos trechos inundados durante a estação
chuvosa de verão.
· Clima semiárido - caatinga
O interior do Nordeste apresenta o clima
menos úmido do Brasil – o semiárido, onde o índice de chuva anual varia entre
300 e 800 mm. Correspondendo praticamente ao sertão nordestino, essa é uma das
regiões semiáridas mais habitadas do mundo e, economicamente, a mais pobre do país.
· Clima subtropical – floresta e campos
O clima subtropical é típico da região
Sul do país. A maior latitude e a atuação mais intensa da massa Polar atlântica
(mPa) na região são fatores que determinam um clima que apresenta temperaturas
muito baixas durante o inverno, principalmente nas áreas de maior altitude,
como alguns trechos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. No entanto, as
temperaturas são elevadas no verão. Por isso, o clima subtropical é o que
apresenta as maiores amplitudes térmicas anuais do Brasil. Outro aspecto
marcante dessa região climática é a regularidade na distribuição das chuvas
durante o ano.
Nas encostas das serras próximas ao
litoral, a mata Atlântica domina a paisagem natural, mas a formação vegetal
predominante é a mata da Araucária (mata dos Pinhais ou floresta de Araucária).
· Processo de desertificação
A desertificação é a perda total ou a
redução do potencial biológico da terra. Suas causas estão relacionadas a
variações climáticas e à ação do homem, que podem ocorrer separadas ou
simultaneamente.
Entre as ações humanas incluem-se: o
desmatamento, as queimadas, a utilização inadequada do solo, entre outros. A
expansão da agricultura modernizada (agronegócio) – estruturada na produção em
larga escala e no uso intensivo de maquinários e agrotóxicos e baseada na
monocultura e nas grandes propriedades rurais – também vem se constituindo um
fator importante de degradação dos solos e de intensificação dos processos de
desertificação em diversas regiões do planeta.
Nos processos de desertificação, há um
desequilíbrio entre a quantidade de água perdida por evaporação e escoamento e
a proveniente das precipitações. Isso pode levar à drástica redução da formação
vegetal pre-existente e ao consequente comprometimento da fauna, com reflexos,
portanto, em toda a biodiversidade.
No caso brasileiro, as áreas suscetíveis
aos processos de desertificação atingem aproximadamente 1.340.000 km2, sendo
que 180.000 km2 já estão em situação grave ou muito grave, sobretudo no
Nordeste, mas abrangem trechos do Norte (Tocantins) e do Sudeste (norte de
Minas Gerais e do Espírito Santo). Isso sem contar a área afetada pelo processo
de arenização no Rio Grande do Sul.
Fontes
Bibliográficas
LUCCI,
Elian Alabi, BRANCO, Anselmo Lázaro, MENDONÇA, Claudio. Território e Sociedade
no mundo globalizado: Geografia, Ensino Médio, volume 1: 1.ed. São Paulo:
Saraiva, 2010.
MOREIRA, Carlos João, SENE, Eustáquio de.
GEOGRAFICA, Ensino Médio, volume 1, 2. ed. São Paulo: Scipione, 2014.
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