Colégio Est. Deputado
Manoel Mendonça
Prof.:
Cássio Vladimir de Araújo
Série:
3º Ano
Disciplina: Geografia – 2017
Estrutura Geológica e Mineração
· Estrutura geológica da crosta terrestre
Nas terras emersas, a crosta terrestre é
formada por três tipos de estruturas geológicas, caracterizadas pelos tipos de
rochas predominantes, seu processo de formação e sua idade geológicas. Essas
estruturas são os dobramentos modernos, os maciços antigos e as bacias
sedimentares.
Os dobramentos modernos são trechos da
crosta de formação recente compostos de rochas menos rígidas, situadas
relativamente próximas às zonas de contato entre placas (zonas convergentes).
Devido à pressão de uma placa sobre a outra, essa parte da crosta dobrou-se num
processo lento e contínuo (orogênese), dando origem às cordilheiras. A parte
convexa do dobramento é chamada de anticlinal e a parte côncava, de sinclinal.
Os maciços antigos, também chamados
escudos cristalinos, são os terrenos mais antigos da crosta terrestre. Datam da
era Pré-Cambriana (Arqueozoica e Proterozoica) e são constituídos basicamente
por rochas magmáticas e metamórficas. Nos maciços que se formaram na era
Proterozoica apareceram as jazidas de minerais metálicos, como ferro, ouro,
manganês, prata, cobre, alumínio e estanho.
Epirogênese corresponde ao movimento
vertical que ocorre em regiões afastadas das zonas de contato entre as placas
e, consequentemente, em áreas de rochas mais sólidas e estáveis. Após o
movimento epirogenético, os blocos da litosfera são deslocados, para cima ou
para baixo, formando o graben (forma de vale alongado e fundo) resultando um
afundamento de um bloco e os horst que são os blocos mais elevados.
As bacias sedimentares começaram a se
formar a partir da era Paleozoica. Resultam da acumulação de sedimentos
provenientes do desgaste das rochas, de organismos vegetais, animais ou de
camadas de lava vulcânica solidificada. Podem ser formadas por sedimentos de
origem continental ou marinha e conter grande quantidade de material
fossilizado em suas diversas camadas. Nessas estruturas se formam importantes
recursos minerais energéticos, como o petróleo, o gás natural e o carvão
mineral.
· Estrutura geológica do Brasil
A estrutura geológica do Brasil compõe-se
de maciços (escudos) antigos e bacias sedimentares, não ocorrendo a existência
de dobramentos modernos. Na porção meridional do país, a bacia do Paraná é
formada por sedimentos de arenito e rochas vulcânicas basálticas (da era
Mesozoica). A decomposição das rochas basálticas deu origem ao solo terra roxa,
fértil e rico em ferro.
· Principais maciços, dobramentos antigos e
bacias sedimentares do território brasileiro
Na região Norte e Centro-Oeste podemos
encontrar o Escudo das Guianas, a Bacia Amazônica, o Escudo do Brasil Central,
a Bacia do Pantanal e o Dobramento de Brasília ou Araguaio-Tocantins.
Na região Nordeste podemos encontrar a
Bacia do Maranhão ou do Parnaíba, o Dobramento do Nordeste, a Bacia do São
Francisco e o Escudo do São Francisco.
Nas regiões Sudeste e Sul podemos
encontrar o Dobramento Atlântico e a Bacia do Paraná.
· Vulcanismo e atividades tectônicas no
Brasil
O território brasileiro está distante de
zonas de instabilidade tectônica – a mais próxima fica junto ao oceano
Pacífico, nos países andinos – e localiza-se ao centro da placa Sul-Americana.
Nessa posição geográfica e no atual contexto da evolução geológica do planeta
Terra, está livre de vulcanismo, atividade frequente, no que corresponde ao
atual território do Brasil, em eras geológicas passadas.
Diversos tremores de terra já foram
detectados em alguns estados brasileiros, mas sem ocorrência de tragédias, como
as que fazem parte da história de países como a Colômbia, o Chile ou o Peru,
situados próximos às regiões onde ocorre o choque entre a placa Sul-Americana e
a de Nazca.
· O Brasil como produtor mundial de minério
O Brasil é um dos grandes produtores
mundiais de minérios. Os países que contam com recursos comparáveis aos
brasileiros têm, também, grande dimensão territorial, como Estados Unidos,
Canadá, Austrália, Rússia e China.
As principais reservas brasileiras
localizam sé nos maciços antigos (escudos cristalinos) e, por essa razão, tem evidência
a extração dos minérios metálicos, os que mais contribuem para a balança
comercial do país. Nas bacias sedimentares são explorados, entre outros, o
petróleo, o carvão mineral e o calcário, este último utilizado para a produção
de cimento.
· As jazidas minerais brasileiras
As jazidas minerais brasileiras estão
distribuídas nas diferentes regiões do Brasil. No entanto, em alguns estados a
produção mineral se destaca: Pará e Minas Gerais – ferro, manganês, cobre e
alumínio; Rio Grande do Norte – sal; Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande
do Norte e Bahia – petróleo; Estados da região Sul do Brasil – carvão mineral;
Rondônia e Amazonas – estanho; Bahia – cobre; Vários estados da Amazônia
brasileira – ouro.
· O ferro em Minas Gerais
O grande centro de extração mineral de
Minas Gerais é o Quadrilátero Ferrífero, formando por um conjunto de cidades
com tradição histórica nesse tipo de produção. Em Minas Gerais se desenvolveu a
economia dominante do Brasil no século XVIII, com a descoberta de ouro e diamante.
As reservas de minerais raros foram exauridas, mas as jazidas de ferro e de
manganês alimentam hoje o parque metalúrgico do estado, o mais importante do
Brasil.
A produção de ferro e manganês do estado
abastece as mineradoras de Minas, Rio de Janeiro e São Paulo. Uma parte da
produção é escoada para exportação pela Estrada de Ferro Vítória-Minas até o
Porto de Tubarão (ES).
· Novas descobertas de petróleo
Novas descobertas de petróleo, ocorridas
entre os anos de 2007 e 2008, acenam para um cenário de participação expressiva
do Brasil no mercado internacional.
Ele é encontrado principalmente nos
estados de Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Bahia.
· Exploração mineral e problemas ambientais
As jazidas minerais, de fundamental
importância para o abastecimento de matérias-primas industriais, são recursos
naturais não renováveis. Assim, se não forem exploradas de forma racional,
poderão não estar disponíveis para as gerações futuras. Esse, no entanto, é
apenas um dos problemas da atividade mineradora.
A mineração é responsável por grandes
danos ambientais. A paisagem é alterada de diversas formas: escavações
necessárias para a retirada dos minérios; instalação de equipamentos e sistemas
de transporte; retirada da vegetação; poluição das águas dos rios e do lençol
freático por produtos químicos tóxicos usados no processo de extração;
contaminação do solo por óleos e graxas utilizados nos maquinários e nos
veículos. Os rejeitos da extração geralmente são empilhados nas proximidades,
podendo ampliar a área de vegetação devastada e provocar o assoreamento de rios
ao serem transportados pela chuva ou pelo vento.
· A reciclagem de metais
A reciclagem ameniza os custos econômicos
e os danos ambientais das diferentes etapas da mineração, desde a extração até
a redução do minério a metal: “os metais representam apenas uma fração do
minério que os contenha, que por sua vez representa uma fração da terra que tem
que ser escavada para extrair o minério (400 para 1 no caso do cobre e 5
milhões para 1 no caso do ouro). É uma imensa quantidade de terra para as
empresas de mineração limparem”
O reaproveitamento dos metais descartados
no lixo ou recolhidos em ferros-velhos, conhecidos como sucata, elimina o
processo de redução, reduz o consumo de energia e não altera a qualidade final
do produto. Calcula-se que 40% do aço consumido no mundo são produzidos com a
reciclagem de metais ferrosos.
Fonte
Bibliográfica
LUCCI,
Elian Alabi, BRANCO, Anselmo Lázaro, MENDONÇA, Claudio. Território e Sociedade
no mundo globalizado: Geografia, Ensino Médio, volume 1: 1.ed. São Paulo:
Saraiva, 2010.
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