segunda-feira, 11 de setembro de 2017

REVOLUÇÃO INGLESA E REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - HISTÓRIA 2° ANO

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     2° Ano – Ensino Médio
Disciplina:   História - 2017

REVOLUÇÃO INGLESA
  • Dinastia Tudor
A dinastia Tudor governou a Inglaterra de forma absoluta, com o apoio da burguesia e da nobreza rural(gentry), que, nessa época, tinham interesses comuns com a monarquia absolutista (demonstrados pela adoção de algumas medidas por parte da monarquia inglesa): centralização do poder político como garantia da ordem social; uniformização das moedas, do sistema de pesos e medidas e das tarifas para facilitar o comércio; permissão para que os corsários atacassem navios inimigos; e incentivo à expansão marítima e comercial. A Igreja Anglicana, controlada pelo Estado, participava do jogo de interesses, adotando a ética religiosa calvinista que estimulava o trabalho metódico, a eficiência, a poupança e a acumulação de riquezas, princípios mais adequados aos valores burgueses.
  • Pretensões dos Stuart
Pretendiam exercer um absolutismo de direito, reconhecido jurídicamente, com o que nem a burguesia nem a gentry concordavam, verificando-se o choque entre o rei e o parlamento (que era  dominado por representantes desses dois grupos).
  • Monarquia e Igreja no período dos Stuart
O rei, por meio de uma legislação rigorosa, estabeleceu que a Igreja Anglicana deveria valorizar a forma litúrgica católica (que fora mantida) em vez do conteúdo calvinista. A burguesia, descontente, manteve-se fiel aos princípios calvinistas e fundou novas seitas, entre elas a presbiteriana. Os presbiterianos, chamados de puritanos, queriam uma Igreja desligada do poder do Estado.
  • Petição de Direitos
Petição de Direitos foi uma medida baixada pelo parlamento inglês, por meio da qual se estabeleciam limites ao poder do rei, que não poderia mais criar impostos, convocar o exército ou mandar prender pessoas sem prévia autorização do parlamento. Após sua decretação, o rei Carlos I reagiu fechando o parlamento e perseguindo os líderes políticos que lhe faziam oposição. Em 1640, o rei viu-se obrigado a convocar o parlamento com o fim de obter recursos financeiros para combater uma revolução escocesa contra seu governo; os parlamentares, uma vez reunidos, adotaram medidas limitando o poder do rei (por exemplo, uma lei que proibia o monarca de dissolver o parlamento, que passaria a ser, obrigatoriamente, convocando pelo menos uma vez em cada três anos). Esses acontecimentos acabaram por desencadear a Revolução Inglesa.
  • Etapas principais da Revolução Inglesa
Guerra Civil (1642-1648);
Regime Republicano (1649-1659);
Restauração Monárquica (1660-1688)
Revolução Gloriosa (1688-1689)
  • Fim da Guerra Civil Inglesa no Séc. XVII
Terminou com a vitória do Parlamento; o rei Carlos I foi preso e condenado à morte, sendo decapitado em 30 de janeiro de 1649. Oliver Cromwell assumiu o poder e instalou uma república ditatorial – o protetorado -, governando de 1649 a 1658.
  • Característica do período republicano
A república de Cromwell foi caracterizada por: formação da Comunidade Britânica, com a unificação em uma só república da Inglaterra, Irlanda, Escócia e País de Gales; política de favorecimento da marinha inglesa, visando dominar o comércio marítimo, concretizada pela decretação do Ato de Navegação em 1641 (que determinava que o transporte de todas as mercadorias importadas ou exportadas deveria ser feito por navios ingleses); concorrência comercial com a Holanda, acarretando uma guerra entre os dois países (1652-1654), vencida pela Inglaterra, que se tornou a maior potência do mundo; hereditariedade do cargo de Lorde Protetor, assumido por Cromwell em 1653.
  • Revolução Gloriosa
A Revolução Gloriosa iniciou-se como reação à tentativa do rei Jaime II, da dinastia Stuart, de restabelecer o absolutismo. O parlamento inglês estabeleceu um acordo com o príncipe holandês Guilherme de Orange (Casado com Maria Stuart, filha de Jaime II), que assumiria o trono desde que respeitasse os poderes do parlamento; o monarca inglês foi derrotado e o príncipe assumiu o trono com o título de Guilherme III, com poderes limitados em vários aspectos.
  • A Declaração dos Direitos (1689)
A Declaração dos Direitos estabelecia a limitação dos poderes do rei pelo parlamento, isto é, a superioridade da lei sobre a vontade do rei, pondo fim ao absolutismo.
  • O fim do absolutismo
O estabelecimento de relações entre o rei, a burguesia e parte dos senhores rurais (a gentry), o que criou condições para que o capitalismo se desenvolvesse mais cedo, promovendo o avanço das forças burguesas e liberais.

A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
  • A Revolução Industrial
Foram mudanças radicais no modo de viver e de produzir mercadorias, iniciadas na segunda metade do século XVIII.
Por causa das grandes navegações, da colonização da América e do aumento da população na Europa, houve um aumento na procura por produtos europeus.
Os comerciantes, então, resolveram produzir suas próprias mercadorias. Forneciam a matéria prima e pagavam os trabalhadores
Os trabalhadores reuniam-se num galpão e trabalhavam em tarefas manuais. Cada um executava uma tarefa que correspondia a uma fase da produção daquela mercadoria. Este processo foi chamado de manufatura. Neste processo o trabalhador perde a noção do valor do  seu trabalho, pois deixa de produzir a mercadoria como um todo

  • A Inglaterra foi a primeira
Algumas condições favoreceram para que a Revolução Industrial começasse na Inglaterra. Podemos citar:
- Capitais acumulados pela burguesia com o comércio internacional e com a pirataria nas costas dos continentes descobertos (Ásia, África e América).
- Mão-de-obra farta e barata;
- Existência de ricas minas de carvão e ferro;
- Força do Protestantismo calvinista (não condenava o lucro e pregava a vida para o trabalho)
- Posição Geográfica.

  • As máquinas
A primeira indústria a se desenvolver foi a de algodão. Os fatores que favoreceram foram:
1) Grande procura por tecidos no mundo inteiro;
2) O algodão vindo do oriente, dos Estados Unidos e do Brasil era barato.
Como as máquinas de fiar tradicionais produziam poucos fios, os capitalistas ingleses incentivaram a invenção de outras máquinas. Surgiu então a Water-frame. Era uma máquina que produzia muitos fios, porém eram grosso.
Em seguida pra aproveitar a grande quantidade de fios foi inventado o tear mecânico.
Outro invento do de grande importância foi a máquina a vapor. Com isso surgiu o barco a vapor (facilitou o transporte de pessoas e de mercadorias) e a locomotiva (atingiu 45 Km/h, velocidade muito alta na época).
O uso do vapor exigiu materiais mais resistentes, forçando o desenvolvimento da indústria metalúgica para fundição do ferro.

  • As mudanças sociais
O principal fato foi a consolidação do  Capitalismo (Modo de produzir mercadorias que se baseia no trabalho assalariado e na buscado lucro.
Surgem, então, dois novos grupos sociais:
1-   Burguesia industrial: formada por donos de matérias primas, das fábricas e das máquinas.
2-   Operariado urbano: formado por aqueles que trocam sua força de trabalho por um salário.

  • A vida nas fábricas
O ambiente era muito prejudicial a saúde. Não existia ventilação suficiente, pouca luminosidade, falta de refeitórios e banheiros, o ar sobrecarregado com fiapos de lã e algodão.
Somando a estas condições o trabalhador, o trabalhador (homens, mulheres e crianças) era obrigado a cumprir de 14 a 18 horas por dia de trabalho, se não cumprisse era ameaçado com castigos.
Por tudo isso, começaram a surgir doenças típicas da vida urbana.
Fora das fábricas os trabalhadores viviam em casas simples, nos bairros próximos das indústrias. Os donos das fábricas, possuíam casas luxuosas em bairros afastados dos cortiços dos trabalhadores.
Estas diferenças, em prejuízo dos trabalhadores, geraram revoltas de operários, que deram início ao longo período de lutas entre a burguesia industrial e o trabalhador assalariado.

Neste período surgiram os primeiros sindicatos e depois vieram as leis trabalhistas que melhoraram, um pouco, a vida dos operários.


Fonte Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
COTRIM, Gilberto. História Global - Brasil e Geral: 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

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