Col. Est. Dep. Manoel
Mendonça
Prof.: Cássio
Vladimir de Araújo
Série: 1° Ano
Disciplina: História -
2017
Os
Gregos 2
- A cultura
helenística (Grega)
As principais características da cultura
helenística são:
- O clima de incerteza, descrença
e materialismo que dominava o campo filosófico, expresso no estoicismo (afirmava ser inútil lutar
contra o inevitável, o homem devia aceitar seu destino) e no hedonismo (que ensinava que o homem
devia buscar o prazer, pois este representa o bem, enquanto a dor representa o
mal);
- O desenvolvimento do conhecimento
científico;
- O caráter mais dramático,
plástico e emotivo do equilíbrio e do racionalismo clássico grego.
A dramaticidade, plasticidade e
emotividade características da arte helenística podem ser observadas na imagem,
nas expressões faciais dos personagens, na postura de cada um e no próprio tema
da escultura
- Religião e
Mitologia
A religião grega não tinha um conjunto
fixo de normas (dogmas) escritas em um único livro sagrado. Seus princípios
foram transmitidos pela tradição oral.
Entre as características da religião
grega, cita-se o politeísmo (culto a
vários deuses) e o antropomorfismo
(do grego antropo=homem e morfismo=referente à forma – os deuses gregos eram
representados com forma e comportamento semelhantes aos dos seres humanos. Os
gregos reverenciavam também, os heróis, os semideuses, filhos de um deus
imortal com uma pessoa morta. Entre os heróis gregos destaca-se Hércules, o mais forte de todos.
Filhos de Cronos e Reia: Héstia (deusa do lar); Hades (deus do
mundo subterrâneo); Deméter (deusa da agricultura); Zeus (deus do céu e senhor
do Olimpo); Hera (esposa e irmão de Zeus); Posêidon (deus dos mares).
Filhos de Zeus: Ares (deus da guerra); Atena (deusa da
inteligência; nasceu da cabeça de Zeus e prestava serviços à guerra ou à paz;
Afrodite (deusa do amor e da beleza); Dionísio (deus do vinho, do prazer e da
aventura); Apolo (deus do Sol, das artes e da razão; era considerado o mais
belo dos deuses; Ártemis (deusa da Lua, da caça e da fecundidade animal, era
irmã gêmea de Apolo; Hefesto (deus do fogo, patrono dos metalúrgicos); Hermes
(deus do comércio e da comunicação (eloquência); era o mensageiro de Zeus).
Narrando a vida dos deuses e heróis e
seus envolvimentos com os humanos, os gregos criaram um rico conjunto de mitos (mitologia), que
exerceu grande influência sobre a arte e o pensamento dos povos ocidentais.
O termo mito tem diversos sentidos. Pode
significar uma idéia falsa, como o
“mito da superioridade racial dos germânicos”; uma crença exagerada no talento de alguém, algo como “Elvis Presley
foi o maior mito do rock mundial”; ou ainda algo não comprovado, irreal supersticioso, como o mito da
existência de marcianos. Na história dos gregos antigos, mito se refere aos
relatos da tradição cultural daquele povo, que utilizava elementos simbólicos
para explicar a realidade e dar sentido à vida. As lendas narradas pelos mitos
são ricas em símbolos e imagens e propõem reflexões sobre os homens e sua
condição no mundo.
- Elementos
culturais
Arquitetura: destacam-se os templos, cuja principal
função era abrigar as esculturas dos deuses e deusas. Não eram locais para
reunião ou adoração e sim para serem vistos do exterior. Os principais estilos
arquitetônicos foram: dórico (as colunas eram simples e sóbrias), jônico (as
colunas eram cheias de ornamentos, sugerindo leveza) e coríntio (as colunas
apresentavam uma variação da ordem jônica, era mais rebuscada e exuberante).
Escultura: relacionada com à religião, mesclava o
divino e o humano, o espiritual e o físico. Deuses e deusas eram representados
em forma humana. Na época clássica idealizava conceitos e sentimentos, como a
justiça, o amor, a guerra, a paz, a sabedoria etc.
Teatro: os autores criavam textos cômicos
(comédias) ou dramáticos (tragédias). Os atenienses apreciavam os diferentes
gêneros teatrais e havia festivais e concursos entre os autores.
Ciências: Os gregos aperfeiçoaram o alfabeto
fenício, inserindo as vogais, e o transmitiram a diversos povos. Na escrita da
história destacaram-se Heródoto (484-425 a .C.), conhecido como o “pai da história”,
e Tucídides (460-396 a .C.).
Na filosofia, Sócrates (469-399
a .C.), Platão (427-347 a .C.) e Aristóteles (384-322 a .C.), enfatizaram a
importância da razão como instrumento para se adquirir conhecimento e
sabedoria. Da filosofia desmembraram as outras ciências destacando nomes como
os matemáticos Tales de Mileto e Pitágoras. Na medicina destacou-se Hipócrates
(pai da medicina)
- Guerras Médicas
A expansão econômica e cultural da
Grécia, alcançando a costa ocidental da Ásia (Ásia Menor), provocou o confronto
com o Império Persa, com a disputa de rotas comerciais, mercados e
matérias-primas. Desse confronto resultou o conflito que se estendeu de 499 a 475 a .C. (Guerras
Greco-Pérsicas ou Guerras Médicas). A guerra promoveu a solidariedade entre os
gregos, que, com a liderança de Atenas e Esparta, conseguiram deter a invasão
persa. O papel de destaque coube aos atenienses: Atenas, após a guerra,
tornou-se a mais poderosa cidade grega, tanto do ponto de vista militar quanto
econômico.
- Guerra do
Peloponeso
O poderio de Atenas, decorrente das
Guerras Médicas, provocou a reação de outras cidades gregas, comandadas por
Esparta, que organizou e liderou a Liga do Peloponeso. A guerra entre as
cidades rivais durou 27 anos (431-404
a .C.) e terminou com a vitória de Esparta; os
aristocratas espartanos estenderam sua influência sobre o mundo grego durante
cerca de 30 anos. Essa liderança, contudo, foi interrompida por novas revoltas
comandadas por habitantes da cidade de Tebas, que contavam com um poderoso
exército.
- Consequências
das guerras para a vida política
Após vencer as tropas espartanas, as
lideranças tebanas instituíram um período de hegemonia entre os gregos, que
durou de 371 a
362 a .C.
Mas, após anos de guerras internas, as cidades gregas ficaram enfraquecidas nas
suas instituições públicas, debilitando o mundo grego. Aproveitando-se desta
“crise” da polis, o rei Filipe da
Macedônia preparou um forte exército para conquistar a Grécia.
- O Império
Macedônico
Liderando o exército macedônico,
Alexandre Magno (o Grande, como ficou conhecido), filho do rei Filipe da
Macedônia, sufocou definitivamente as revoltas das cidades gregas (Tebas e
Atenas) e, depois partiu com mais de 40 mil homens em direção ao Oriente.
Alexandre obteve vitórias militares na
Ásia Menor, Egito, Mesopotâmia, Pérsia e em regiões da Índia, até o vale do rio
Indo. Em dez anos, o Império Macedônico transformou-se em um dos maiores de
toda a Antiguidade.
Alexandre não consegui, no entanto,
montar um governo estável para administrar seu vasto império. Quando morreu, em
323 a.C. (pouco antes de completar 33 anos), seus generais disputaram o poder
entre si, cada qual defendendo os interesses da região que comandava.
O Império Macedônico foi responsável
pela difusão da cultura grega desde o Egito até o Extremo Oriente, e promoveu
trocas culturais com o mundo oriental.
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
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